A partir do dia 1º de setembro de 2015 os conteúdos em Flash serão pausados no Google Chrome. A migração do Flash para o HTML5 já era esperada, porém a decisão tomada pelo Google acelerou o processo e causou muitos questionamentos, uma vez que impacta a criação de conteúdos e anúncios de muitas empresas, agências e veículos de informação.
Qual o motivo da mudança?
Segundo o Google, conteúdos em Flash exigem um alto consumo do processador e da bateria do computador, o que pode prejudicar o desempenho dos usuários durante a navegação. Além de serem vulneráveis em termos de segurança, precisam de plugins constantemente atualizados e a maioria dos players de vídeo já foram convertidos em HTML5.
Outro fator é que o uso de HTML5 para criar anúncios pode ajudar a alcançar o mais amplo público-alvo possível, incluindo usuários do Chrome em diversos dispositivos e telas.
O que significa pausar as animações em Flash?
A aminação não será exibida diretamente quando o usuário acessar a página, agora esses banners passarão a ter um botão de “play”, para que o usuário opte por vê-lo ou não. E se você está pensando: “Ah, mas o conteúdo continuará disponível.” Cuidado! Na versão do Chrome onde isso já ocorre, cerca de 95% dos usuários não clicaram no banner.
O que vai acontecer com os conteúdos em Flash?
Após identificar e classificar os conteúdos em Flash, o Google Chrome irá pausar àqueles que não julgar importantes.
Qual o critério para decidir se um banner será ou não pausado?
Os critérios ainda não estão todos definidos, mas entre eles estão:
- O contexto em que o Flash está inserido, isto é, se for peça principal da página será exibido, caso contrário será pausado.
- Vídeos carregados em Flash, quando centralizados e principais, serão exibidos. Quando conteúdos periféricos, também pausados.
- Conteúdos em flash hospedados fora do servidor do veículo serão pausados. Vale lembrar que a maioria dos banners são hospedados em Adservers.
Como isso está acontecendo em outros navegadores?
Firefox – devido problemas de segurança, o navegador passou a bloquear desde julho de 2015 (e não apenas pausar) os plugins que permitem a execução do conteúdo em Flash. Após a correção das falhas no Flash, ele já pode ser instalado novamente, porém, o plugin que permite sua execução não é mais instalado. Lembre-se que o Chrome e Firefox juntos representam 86,1% do total de usuários que serão afetados pela ausência do Flash.
Safari – o navegador da Apple não permite a execução de versões antigas do Flash, bloqueando as animações e alertando os usuários para que o plugin seja atualizado. Em breve a empresa irá se posicionar sobre as mudanças do Google e acredita-se que trilhe o mesmo caminho.
Internet Explorer – embora não tenha se posicionado sobre o assunto, a empresa lançou recentemente o browser Edge (Spartan) que é nativo do Windows 10. O Edge disponibiliza uma opção para desativar o Flash, o que também aponta para futuras mudanças em relação a ele.
Como descubro se meus conteúdos são relevantes para o Google Chrome?
É possível simular como o Google irá enxergar o seu conteúdo, para assim descobrir como eles serão interpretados.
1- Baixe o Chrome Beta, versão 45 – Link para download.
2- Digite na barra de endereços: chrome://flags/#enable-plugin-power-saver
3- Busque a opção Ativar o Plug-in Poupança de Energia e defina como Ativada.
Feito isso, a página irá pausar seus conteúdos em Flash, considerados não relevantes e você poderá visualizar como ela irá ficar.
Como converter os conteúdos para HTML5?
Quando não houver tempo para o desenvolvimento de uma peça através dos softwares para HTML5, como Google Web Designer e o Adobe Edge Animate. São recomendados softwares de conversão, como o Swiffy, do próprio Google. É importante lembrar que esse não é o ideal, pois podem ocorrer problemas, principalmente, quando existem peças richmedia ou que usam frameworks para animações.
Como ficam os anúncios em Flash enviados para o Google Adwords?
A maioria dos anúncios em Flash enviados ao Google AdWords é convertida automaticamente em HTML5. No entanto, seus anúncios precisam estar qualificados para essa conversão e assim, se manter nas redes de Display do Google. Para isso, recomenda-se fazer upgrade de campanhas com anúncios em Flash que não estão qualificados antes de 1º de setembro de 2015.
O que significa estar qualificado nesse caso?
Estar dentro dos padrões exigidos pelo Google para a criação de anúncios desse formato. No caso desses anúncios não serem qualificados, o Google permite que sejam feitas conversões dos anúncios em Flash para HTML5.
Quer saber mais sobre a mudança? A Spiner pode te ajudar.